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sexta-feira, 28 de setembro de 2012


A   A R V O R E   D A   V I D A


Há um  aspecto da Árvore da Vida que diz respeito ao que é chamado de Quatro Mundos.
Esses mundos são regiões metafísicas tanto de consciência quanto de matéria, pois a teurgia sustenta que cada estado de consciência possui seu próprio veículo, um estágio apropriado de substância. Esses mundos podem ser encarados sob dois pontos distintos de análise, sendo que o primeiro coloca uma Árvore em cada um dos quatro mundos, oferecendo-nos assim quarenta Sephiroth no total. Os quatro mundos são chamados de Mundo Arquetípico, no qual os arquétipos ou emanações primordiais são desenvolvidos sob a forma de uma Árvore da Vida. 
 Pode-se imaginar também essa Árvore da Vida arquetípica representando uma forma humana que, no Livro dos Esplendores, é chamada de Adam Kadmon, o Homem Celestial, que contém em seu interior todas as almas, espíritos e inteligências em toda parte do cosmos. É a Alma Universal, mãe e progenitora divina de todas as outras. Essa Alma é o Homem Divino sobre o qual Lévi fala e ao qual nos referimos anteriormente; essa Alma de cuja grande vida cada ser individual e consciência independente participam.
Os desdobramentos que emergem desse postulado simples e as idéias sugestivas que ele suscita são demasiado numerosos para deles tratarmos nesta oportunidade. Minha intenção primeira é apresentar apenas um breve resumo, deixando ao leitor a tarefa de preencher por si mesmo muitas lacunas deixadas em aberto.
A totalidade das Sephiroth em Olam Atsiluth, o mundo arquetípico, ocupa o plano mais elevado de consciência espiritual, o primeiro surgir de consciência do Ain Soph. À medida que os processos de evolução continuam, Adam Kadmon gradualmente projeta a si mesmo ainda mais na matéria um tanto mais densa, sua unidade sendo aparentemente fragmentada, espelhada em muitas facetas e formando o Mundo Criativo, Olam Briah.

Nesse mundo, o plano contido na imaginação criativa do Macroprosopus é ainda mais elaborado, as centelhas ou idéias separadas sendo revestidas daquela condição de substância sutil apropriada àquela esfera. Aqui, também, uma completa Árvore da Vida é desenvolvida através da reflexão. Do mundo criativo, a Árvore é projetada para um terceiro plano, o Mundo Formativo, Olam Yetsirah, onde as idéias imaginativas do Logos, as centelhas monádicas espirituais já revestidas na substância mental sutil do mundo criativo se modelam em entidades consistentes definidas, os modelos astrais que dão origem ou servem de fundamentos estáveis ao mundo físico. O mundo físico, Olam Assiah, é o quarto e último plano, e como projeção cristalizada do mundo formativo é a síntese e concreta representação de todos os mundos mais elevados.
Está encerrada nessa concepção a justificativa do axioma hermético “Como é acima, é abaixo”. Pois aquilo que existe abaixo possui sua duplicata arquetípica ideal nos mundos mais elevados. 

Em formas variadas, as idéias arquetípicas encontram sua particular representação abaixo – pedras, jóias, perfumes e formas geométricas todas sendo peculiarmente indicativas na esfera mundana de uma idéia celestial. Essa fórmula metafísica também supre Lévi da devida razão para falar do “dogma único da magia – que o visível é para nós a medida proporcional do invisível”.Também observa alhures que “o visível é a manifestação do invisível", ou em outros termos, "o perfeito Logos está, em coisas que são apreciáveis e visíveis, na exata proporção com aquelas que são inapreciáveis para os nossos sentidos e invisíveis para os nossos olhos... A forma é proporcional à idéia... e sabemos que a virtude inata das coisas criou palavras, e que existe uma exata proporção entre idéias e palavras, as quais são as primeiras formas e realizações articuladas das idéias”. É essa afirmação filosófica da relação entre idéias e coisas que proporciona a base lógica fundamental de muito que é verdadeiro. 

 

"O que está em cima é igual ao que está em baixo, e o que está em baixo é igual ao que está em cima" HERMES, o Trimegisto.

Princípio da Correspondência diz que o que encontramos exteriormente é o espelho daquilo que não conseguimos ver interiormente. Isto é "o que está fora é o reflexo do que está dentro".

Assim, as atitudes das pessoas ao redor de cada um e as circunstâncias apresentadas não são mais que uma imagem exterior daquilo que vai dentro de cada indivíduo. Como tal, atitudes positivas revelar-se-ão através de reações positivas por parte dos outros.
Como tal, é importante o controle dos pensamentos conscientes. Desta forma, ao manterem-se pensamentos direcionados para um objetivo





Do ponto de vista da teurgia, o universo todo é consciência, vida e inteligência corporificados sob forma visível e invisível. 

 Através do cosmos palpita e vibra uma inteligência, uma consciência espiritual prefigurada em miríades de centelhas ou mônadas, permeando toda forma, e da qual nada nesse cosmos se acha, de maneira alguma, isento.

Tal como há vários graus de qualidade de vida mineral, animal e vegetal e inumeráveis estágios de inteligência entre os homens, de acordo com as tradições essa mesma escala hierárquica de inteligência existe além e acima do homem. Não somente se pode dizer verdadeiramente no tocante ao nosso próprio universo, como também se pode afirmar que alhures nas infinitudes do espaço existem outras hierarquias de sublimes seres espirituais e inteligências divinas.

Da Escuridão ignota incompreensível, não há senão uma consciência indivisível, semelhante no mais baixo demônio de feições caninas bem como na mais elevada hierarquia celestial. 
 
Há hierarquias de consciência celestiais e terrestres, algumas divinas, outras demoníacas, e
ainda outras que incluem os mais excelsos deuses e Essências universais. Forma-se assim o eixo da totalidade dentro desta filosofia .

Trata-se ao mesmo tempo de um monoteísmo e de um politeísmo num sistema filosófico único. 

O universo todo é permeado por uma Vida Una, e essa Vida em manifestação é representada por hostes de deuses poderosos, seres divinos, espíritos ou inteligências cósmicas, chame-se-os conforme se deseje. 
A condição e a diversidade espirituais atribuíveis a eles são grandes e intensas; entre eles há aquelas forças deíficas da aurora da manifestação cósmica da qual brotamos, centelhas espirituais arrojadas em sentido descendente a partir de sua essência divina.

Diante disso, é possível ampliar a concepção da Árvore da Vida e dos Quatro Mundos em termos de consciência.


 As primeiras manifestações são " deuses" ou "seres" da mais excelsa consciência que, brotando da Coroa, compreendem a Mente do Logos, ou os administradores imediatos do plano formulado. 
Esses seres são os, Dhyan Chohans, Elohim, Teletarchae – seja qual for a designação escolhida, a idéia fundamental deve ser firmemente apreendida, ou seja, que há vastas hierarquias de seres no espaço, numa escala sequencial ordenada de descenso dos mais excelsos "seres" nos mais elevados mundos às hierarquias menores de seres angélicos dos mundos inferiores. Conectada a cada Sephirah e cada Mundo emanado de Ain Soph há uma certa hierarquia de outros "seres", cada um deles encarregado de uma tarefa específica na evolução e governo do universo, e detendo uma natureza característica.

Tal como Kether, a Coroa, produziu as outras Sephiroth, e assim os mais excelsos desenvolvem a partir de si mesmos outras "seres ou "divindades" menos augustas e menos sublimes do que eles próprios.



“Como é acima, é abaixo.” Todas as coisas sobre a Terra têm seus protótipos eternos nos céus, e todos os seres são reflexos simples, tímidos e débeis dos deuses. Quanto mais distante (metafisica e relativamente) estiver qualquer emanação de sua fonte, mais débil e lânguida será em relação àquilo de que procedeu. 
 

 No homem, a sombra da imagem desses "seres", a irradiação do esplendor de Brahma, na maioria dos casos, aparece inteiramente reprimida. Tal como o calor é para o fogo, diminuindo mais e mais à medida que irradia sua influência a partir da chama, é o homem para os "criadores". Quanto mais se distancia deles, mais leva a cabo um processo de autodestruição.
Essa relação entre a ordem da vida e as Sephiroth, entre os deuses, homens e números explica a eficácia dos símbolos mágicos e dos papéis que eles desempenham nos ritos teúrgicos. Os signos e selos são profundamente indicativos de realidades interiores, e cada símbolo particular representa algumas das hierarquias de deuses e inteligências espirituais. Mediante essa doutrina de assinaturas, cada fenômeno** é indissoluvelmente conectado a um nôumeno***, a eficácia da teurgia sendo assim assegurada.






A MAGIA  E  A  ARVORE DA VIDA


O objeto da magia é,  o retorno do homem aos "deuses", o unir da consciência individual durante a vida com o ser maior das Essências universais, a mais abrangente consciência dos deuses que são as fontes perenes de luz, vida e amor. Somente assim, para o ser humano, é possível haver liberdade e iluminação, e o poder de ver a beleza e a majestade da vida tal como ela realmente é.


Mediante o retorno em espírito às fontes das quais proveio, apenas reabrindo a si mesmo a elas como uma flor dourada se abre e se volta ao sol para absorver ansiosa e avidamente seu sustento e luz, pode o homem atingir a iluminação e a suspensão das amarras e grilhões terrestres. Pela descoberta de seu próprio deus interior em primeiro lugar e formando uma relação indissolúvel com os deuses da vida universal, será encontrada a solução dos problemas do homem e do mundo.

Por meio dessa consciência mais nobre de iluminação transmitida pela união divina é possível desenredar os emaranhados do caos mundial. É possível assim romper as amarras que prendem o homem com uma força superior a todas as cadeias e grilhões mortais. Nenhum rompimento desses ferros é possível a não ser por meio
do conhecimento "mágico" do próprio eu interior e dos "deuses" de toda existência.

 


“Se a essência e a perfeição de todo bem estão compreendidas nos deuses, e o primeiro e antigo poder deles é detido por nós, sacerdotes (teurgos), e se por meio daqueles que similarmente se prendem a naturezas mais excelentes e genuinamente obtêm uma união com elas, o início e o fim de todo bem é seriamente ameaçado – se esse for o caso – é aqui que a contemplação da verdade e a posse da ciência intelectual devem ser descobertas. E um conhecimento dos deuses é acompanhado do... conhecimento de nós mesmos.”
 







http://ponteoculta.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html
A Esfera da Coroa "AYAM". O Manifesto.





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